* Americanas
Apesar de todos os indícios, ainda não se sabe se foi um erro contábil ou uma fraude. Sabemos que a forma de contabilizar o “risco sacado” (dívida bancária), no balanço passava uma informação errada sobre a alavancagem da empresa. Ou seja, a Americanas está muito mais endividada e seus resultados financeiros são piores dos que os reportados. Para “salvar” a empresa, será necessário um aumento de capital significativo (ao menos BRL 15 bilhões) para que seja possível honrar seus compromissos e continuar operando. Porém, o que vemos foi uma proposta de capitalização de BRL 7 bilhões além dos Bancos converterem BRL 18 bi da divida total em ações e em dívida subordinada – o que não deverá ser aprovado. Vale lembrar que este não foi o primeiro e nem será o último rombo bilionário.
* Inflação vs Recessão
Muitos economistas já dizem que a inflação mais elevada veio para ficar. Claro que não podemos prever o futuro mas, o fim da era da taxa de juros baixa (países com taxa de juros 0 ou até negativo, especialmente na Europa e no Japão) está bem próximo, o que deveria ser a normalidade – ter taxa de juros. Em termos de investimentos e preservação de patrimônio (renda fixa em maior sintonia com o risco), o lado benéfico é ter opção de rendimento em moeda forte positivo – algo não acontece há pelo menos uma década. Sem duvida trará consequências para os mais endividados e para as empresas que se alavancaram em dividas nos últimos anos.
* Seguro de Crédito
2023 já começou sendo um ano desafiador por alguns motivos: (1) o rombo da Americanas que trará impacto em toda uma cadeia, em especial nas pequenas e medias empresas credoras onde impactará diretamente na saúde financeira das mesmas. Estima-se que as dividas cobertas junto as seguradoras de credito com os fornecedores da Americanas podem chegar a BRL 3 bilhões; (2) permanência elevada da taxa de juros (atuais 13,75% – uma das maiores taxa de juros reais, descontada a inflação, do mundo) onde empresas endividadas continuarão tendo seus resultados pressionados – o que aumenta o risco de inadimplência; (3) Crédito mais restrito e caro. (4) Insegurança política; (5) Descontrole de gastos públicos; (6) Tensão entre governo e BC (independência)…
O seguro de crédito continua sendo o único produto eficiente do mercado que irá proteger o principal ativo das empresas (Recebíveis Comerciais) contra inadimplência, mora simples ou RJ, motivada pelos diversos fatores acima mencionados. Irá proteger a empresa de qualquer incerteza do mercado trazendo maior previsibilidade para os negócios e preservação das margens operacionais além de poder alavancar suas vendas com maior segurança.
Abraços